Tuesday, April 24, 2007

A avó, pequenina

Dobrava folhetos em cima da saia da prima

Colava cartazes de selos de cobra em todos os andares


De baixo



E pregava pregos sozinhos nos sapatos escuros



A avó, pequenina

Comia cigarras lentas da saia da prima

Colava flores nos pigmentos associados


E beijava homens negros nas solas dos lares

‘El otro dia queria un Yan, pero no estabas’

It took combined efforts of the 3 genuis

2 comments:

contarelos said...

Célia,
de ti nada sei senão este poema. E já tenho vontade de conhecer a tua escrita. Este poema fascina-me. Porque me permite entrar num mundo de esssência e de gestos. De silêncio e de vozes insepultas. Um mundo de fantasmas e de gestos quotidianos. Escreve, Célia, quem quer que sejas! Até agora só tu visitaste o meu blogue. As restantes visitas foram de AMIGOS, prata da casa. Deixa que te considere um deles. A tua escrita é magnífica, mulher!

Mag's little world said...

Ai mulher, que talento.....
Não desistas nunca!